Espaço de convívio social, boa parte das praças da capital sofre com falta de estrutura e necessita de revitalização.
Camila Alves
Camila Alves
As praças públicas são importantes espaços de convívio social e de qualidade de vida. São nelas que as famílias se encontram, os adultos interagem, as crianças brincam – ou seja, onde todo mundo acha uma maneira de relaxar e se divertir. Pelo menos é assim que deve ser e que funciona quando as praças são estruturadas.
No entanto, nem todas as 180 praças localizadas em João Pessoa
refletem essa realidade. Nos bairros de Manaíra, Torre e Bancários, por
exemplo, há praças recentemente recuperadas e que servem de ponto de
encontro e lazer da comunidade. Em outras áreas, como Mandacaru, Bairro
dos Ipês e Tambiá, ir para a praça não é um programa tão bom assim.
Em Mandacaru, a praça da Cultura, apesar do nome, não tem nenhum
equipamento de lazer, apenas bancos 'surrados' e bastante mato ao redor.
A situação é pior na praça que abriga o ponto final do ônibus,
localizada no cruzamento da rua João de Brito com a Valfilho Ribeiro.
“Essa praça é completamente abandonada. De manhã você só vê as idosas
procurando um banco para se sentar e não tem”, disse Francisco Paulino,
morador de Mandacaru há mais de 50 anos.
Ele também se queixou da falta de calçamento, do lixo acumulado, dos
buracos e das pedras que tomam conta de toda a praça, representando
perigo tanto para idosos quanto para as crianças.
No bairro dos Ipês, duas praças bem próximas uma da outra também são
alvo de queixas pela população. A Tenente Lauro Leão Santa Rosa, segundo
o estudante Alexandre Fernandes da Silva, só tem movimento e iluminação
em dia de jogo, quando o dono do único quiosque do local abre as
portas. Não existe nenhum tipo de quadra, parquinho ou qualquer
equipamento de lazer – além dos postes estarem com as luzes queimadas,
conforme Alexandre.
Já a Tacila Franca, no mesmo bairro, que possui uma pequena quadra e
um parquinho, sofre com ações de vandalismo. “Isso é uma maldade, já
cortaram as palmeiras várias vezes e o balanço e o escorrego (únicos
aparelhos do parque) estão sempre pichados”, disse o comerciante Auri
Araújo, que há dez anos trabalha no local.
Segundo ele, apesar desses problemas, durante a noite muitas pessoas frequentam a praça e o comércio rende um lucro regular.
Em um dos bairros mais antigos da cidade, o Tambiá, também há praças
precisando de reparos. A Antônio da Silva Pessoa ainda é usada por
'velhos amigos' que gostam de jogar cartas ou dominó – mas que levam de
casa os próprios bancos porque os da praça estão em sua maioria
quebrados ou fragilizados.
“Falta urbanização em toda a praça, até as plantas foram arrancadas e
colocaram outras bem pequenas que vão demorar ainda uns 20 anos para
dar sombra”, apontou o taxista José Vicente Pereira.
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