Ministério Público recomendou impedimento do tratamento de animais de estimação no serviço público.
Há quatro anos em
vigor em Campina Grande, a lei de posse responsável de animais impede
que o serviço público prestado pelo Centro de Zoonoses da cidade realize
qualquer atendimento médico veterinário nos animais que tiverem donos.
Com isso, o único órgão do gênero no interior da Paraíba está autorizado
a prestar serviço apenas aos animais de rua, realizando vacinação e
castração, enquanto que a saída para quem tem um bicho de estimação com
algum problema de saúde é recorrer a um médico veterinário particular.
De acordo com Fernando Grosso, diretor do Zoonoses, o Ministério
Público recomendou e o Conselho Regional de Medicina Veterinária acatou
o impedimento do tratamento de animais de estimação no serviço público,
uma vez que poderia onerar o setor público, e ainda provocar uma crise
na categoria veterinária, já que a procura particular estaria seriamente
comprometida. “Se continuássemos oferecendo o serviço, a profissão de
veterinário poderia acabar, já que todos iam procurar o serviço do
Centro de Zoonoses como acontecia na época”, contou.
Esse caminho foi a primeira alternativa para o agrônomo Alexandre
Azevedo no ano passado. Criador de um cachorro da raça Labrador, o
animal teve um problema sério em seu sistema imunológico, e após não
encontrar o auxílio no serviço público, precisou recorrer a um
profissional particular. “Sem um serviço público que nos auxilie, tudo
acaba ficando muito caro. Tem a consulta que pagamos e os medicamentos.
Se pelo menos recebêssemos um atendimento público, já ajudaria
bastante”, explicou Alexandre. (Givaldo Cavalcanti)
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