Apesar da lei de resíduos sólidos abordar o tema, as medidas preventivas ainda são insuficientes para o problema
Givaldo Cavalcanti
Givaldo Cavalcanti
Na mesma velocidade que as empresas de tecnologia lançam aparelhos eletrônicos de última geração, os modelos obsoletos contribuem para um problema que parece não ter solução: o lixo eletrônico. Apesar da lei de resíduos sólidos abordar o tema, as medidas preventivas ainda são insuficientes para um problema que contribui para a degradação do meio ambiente proporcionalmente ao crescimento do mercado especializado.
Em Campina Grande, por exemplo, só existe as dependências de um
supermercado nas proximidades do Açude Velho e o Banco Santander para a
população descartar as pilhas usadas. Já para baterias de celulares,
computadores, monitores, impressoras e televisões, o cenário é ainda
pior. Sem nenhum posto de coleta e um Termo de Ajustamento de Conduta
(TAC) proposto pelo Ministério Público assinado há mais 10 anos, as
empresas da cidade não recebem os equipamentos usados, o que contribui
para que se torne cada vez mais comum a presença de objetos eletrônicos
no lixo doméstico.
“Essa é uma situação preocupante já que não temos avançado muito
nessa questão do que fazer com o lixo eletrônico. Um TAC foi assinado
com as empresas de telefonia na época, mas nem todo mundo sabe como
proceder para se desfazer do lixo eletrônico que tem em casa. Agora
queremos discutir com as empresas que vendem produtos de informática
porque elas também têm a responsabilidade de dar destino aos
equipamentos que não são mais usados, assim como os consumidores também
precisam fazer a sua parte”, explicou Eulâmpio Duarte, promotor do Meio
Ambiente de Campina Grande.
Há cerca de cinco anos buscando alternativas para esse problema, a
Associação de Proteção do Meio Ambiente (Apam) de Campina Grande tem
desenvolvido pesquisas para apontar que a reciclagem do lixo eletrônico
pode ser eficaz não apenas para a natureza.
De acordo com o ambientalista Roberto Almeida, cerca de 80% dos
equipamentos jogados fora de maneira equivocada poderiam ser
reaproveitados. “Já realizamos um estudo e os resultados são favoráveis
para que computadores, por exemplo, possam ser reaproveitados em 80%. Já
as peças de TV podem chegar a 75%. O que precisamos é de um maior
incentivo de políticas públicas”, afirmou Almeida.
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