segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Descarte de eletrônicos ainda é desafio em CG

Apesar da lei de resíduos sólidos abordar o tema, as medidas preventivas ainda são insuficientes para o problema


 


Na mesma velocidade que as empresas de tecnologia lançam aparelhos eletrônicos de última geração, os modelos obsoletos contribuem para um problema que parece não ter solução: o lixo eletrônico. Apesar da lei de resíduos sólidos abordar o tema, as medidas preventivas ainda são insuficientes para um problema que contribui para a degradação do meio ambiente proporcionalmente ao crescimento do mercado especializado.

Em Campina Grande, por exemplo, só existe as dependências de um supermercado nas proximidades do Açude Velho e o Banco Santander para a população descartar as pilhas usadas. Já para baterias de celulares, computadores, monitores, impressoras e televisões, o cenário é ainda pior. Sem nenhum posto de coleta e um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público assinado há mais 10 anos, as empresas da cidade não recebem os equipamentos usados, o que contribui para que se torne cada vez mais comum a presença de objetos eletrônicos no lixo doméstico.

“Essa é uma situação preocupante já que não temos avançado muito nessa questão do que fazer com o lixo eletrônico. Um TAC foi assinado com as empresas de telefonia na época, mas nem todo mundo sabe como proceder para se desfazer do lixo eletrônico que tem em casa. Agora queremos discutir com as empresas que vendem produtos de informática porque elas também têm a responsabilidade de dar destino aos equipamentos que não são mais usados, assim como os consumidores também precisam fazer a sua parte”, explicou Eulâmpio Duarte, promotor do Meio Ambiente de Campina Grande.

Há cerca de cinco anos buscando alternativas para esse problema, a Associação de Proteção do Meio Ambiente (Apam) de Campina Grande tem desenvolvido pesquisas para apontar que a reciclagem do lixo eletrônico pode ser eficaz não apenas para a natureza.

De acordo com o ambientalista Roberto Almeida, cerca de 80% dos equipamentos jogados fora de maneira equivocada poderiam ser reaproveitados. “Já realizamos um estudo e os resultados são favoráveis para que computadores, por exemplo, possam ser reaproveitados em 80%. Já as peças de TV podem chegar a 75%. O que precisamos é de um maior incentivo de políticas públicas”, afirmou Almeida. 

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