Pode-se
perceber que o impacto sobre as espécies deve ser considerado junto com
outros fatores, como a degradação de habitat, diz pesquisador.
Conforme o pesquisador
Rômulo Nóbrega, o uso de animais medicinais domésticos não implica em
problemas de conservação, mas ele contou que a maioria das espécies
medicinais é composta de animais silvestres. Ele explicou que, dentre as
espécies medicinais registradas no Brasil, algumas constam na lista
oficial das espécies brasileiras ameaçadas de extinção, como o peixe-boi
marinho, a tartaruga marinha e o cavalo-marinho.
“É importante frisar que algumas espécies são caçadas para uso
medicinal, mas na maioria das vezes, os produtos medicinais são
subprodutos de animais usados para outras finalidades.
Embora algumas das espécies medicinais estejam ameaçadas e o uso
medicinal seja um fator adicional de pressão sobre essas espécies,
pode-se perceber que o impacto sobre as espécies deve ser considerado
junto com outros fatores, como a degradação de habitat e captura desses
animais para outros fins", observou o pesquisador da UEPB.
A pesquisa foi realizada pelo grupo de pesquisadores do Departamento
de Biologia, da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e feita na
comunidade de Bom Sucesso, em Soledade, no Curimataú paraibano, entre os
anos de 2007 e 2008.
Segundo o pesquisador, durante os primeiros contatos com a população
local, procurou-se identificar especialistas na medicina popular,
maiores conhecedores dos diversos tipos de tratamento e de animais,
utilizados nas crenças populares do Nordeste.
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