terça-feira, 17 de julho de 2012

É preciso cuidado com extinção

Pode-se perceber que o impacto sobre as espécies deve ser considerado junto com outros fatores, como a degradação de habitat, diz pesquisador.



Conforme o pesquisador Rômulo Nóbrega, o uso de animais medicinais domésticos não implica em problemas de conservação, mas ele contou que a maioria das espécies medicinais é composta de animais silvestres. Ele explicou que, dentre as espécies medicinais registradas no Brasil, algumas constam na lista oficial das espécies brasileiras ameaçadas de extinção, como o peixe-boi marinho, a tartaruga marinha e o cavalo-marinho.
“É importante frisar que algumas espécies são caçadas para uso medicinal, mas na maioria das vezes, os produtos medicinais são subprodutos de animais usados para outras finalidades.
Embora algumas das espécies medicinais estejam ameaçadas e o uso medicinal seja um fator adicional de pressão sobre essas espécies, pode-se perceber que o impacto sobre as espécies deve ser considerado junto com outros fatores, como a degradação de habitat e captura desses animais para outros fins", observou o pesquisador da UEPB.
A pesquisa foi realizada pelo grupo de pesquisadores do Departamento de Biologia, da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e feita na comunidade de Bom Sucesso, em Soledade, no Curimataú paraibano, entre os anos de 2007 e 2008.
Segundo o pesquisador, durante os primeiros contatos com a população local, procurou-se identificar especialistas na medicina popular, maiores conhecedores dos diversos tipos de tratamento e de animais, utilizados nas crenças populares do Nordeste.


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