Cartão postal que tanto encanta turistas pelo Brasil afora tem outro significado para os pessoenses: insegurança.
Valéria Sinésio
Valéria Sinésio
O cartão postal que tanto encanta turistas pelo Brasil afora tem outro significado para os pessoenses: insegurança. A Lagoa, ao longo dos anos, não ficou imune à violência urbana e se tornou palco de pequenos assaltos em plena luz do dia. Comerciantes da área revelam que o consumo de drogas ocorre sem cerimônia, a qualquer hora. Sem contar os casos de agressão e de homicídio já registrados no local.
Quem precisa pegar ônibus no local sabe que o cuidado tem de ser
redobrado para que não seja alvo de assalto. À medida que escurece, a
sensação de insegurança aumenta. Os funcionários das lojas reclamam da
falta de policiamento na Lagoa, o que favorece a ação de bandidos e de
adolescentes infratores. “Vou rezando até a parada de ônibus. Sempre que
possível, espero outros colegas para não ir sozinha, tenho medo”,
declarou a comerciária Flávia Lima.
O presidente da Associação dos Comerciantes e Ambulantes da Lagoa,
Juarez Pereira, disse que a falta de iluminação em alguns postes acaba
trazendo mais violência para o Parque Sólon de Lucena a partir das 18h.
“É assalto a toda hora, mas o problema fica pior ao anoitecer, quando o
fluxo de pessoas diminui no local”, declarou.
Uma reclamação recorrente na Lagoa, conforme o presidente da
associação, é a falta de policiais. “É muito precário o policiamento por
aqui, pode perguntar para a população”, denunciou. Segundo ele, o único
posto policial instalado no parque, nas proximidades da parada de
ônibus, quase sempre está fechado, o que revolta ainda mais as pessoas
que passam pelo local. “O posto é só de enfeite”, disse Juarez, pedindo
providências das autoridades. No dia em que a reportagem esteve na Lagoa
o posto estava aberto e havia pelo menos seis policiais fazendo rondas.
Uma ambulante que não quis se identificar disse que passou a ir
embora mais cedo porque não se sente segura na Lagoa. “Aqui é muito
perigoso. O posto policial não tem hora certa para abrir e aí os
bandidos se aproveitam para assaltar as barracas e o pessoal que espera
ônibus”, denunciou. A dona de casa Marlene Diniz também disse se sentir
insegura na Lagoa. “Só a proteção de Deus para nos livrar do mal”,
opinou.
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