Animais ainda
esperam por adoção, principalmente os adultos ou deficientes, que acabam
sendo sacrificados, por não encontrar quem os adote.
A Prefeitura de João
Pessoa realizou durante todo o dia de ontem mais uma feira de adoção de
cães e gatos, que ficaram expostos no pátio externo do Centro de
Zoonoses, na avenida Walfredo Macedo Brandão, no bairro dos Bancários.
Foram adotados pouco mais de 40 animais, dos 73 que estavam prontos para
receber um novo lar.
O resultado, segundo Felipe Sobral, médico veterinário responsável
pela organização da feira, não é satisfatório, uma vez que o perfil de
animal exigido pelos futuros donos não condiz com a realidade dos bichos
dispostos para adoção. “Há uma predisposição pelos filhotes, isso é um
problema. Tem gente que chega querendo um cachorro de raça e com poucos
dias de nascido. Isso é um animal de Pet Shop e não de zoonoses.
Nossos animais são carentes, temos filhotes, mas também temos
adultos, bichos com deficiência física, por exemplo, que acabam não
sendo adotados”, explicou.
O veterinário acrescentou ainda que esses animais enfrentam um conhecido problema quando se trata de adoção: o preconceito.
“Quando a ala de adoção fica superlotada os animais acabam sendo
sacrificados, por conta do preconceito das pessoas, que não os adotam
porque são adultos. São animais em plena capacidade de ter um lar, mas
não encontram quem os adote”, disse.
O Centro de Zoonoses recebe em média 280 animais por mês, desses
apenas 110 são adotados. “A falta de planejamento das pessoas é o grande
problema que traz os animais ao Zoonoses. As pessoas resolvem criar o
bicho, daí quando se mudam para um apartamento, por exemplo, não levam o
animal e trazem para o Zoonoses”, contou o veterinário.
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