Animais na lista de risco não podem ser retirados de seu habitat; na PB a fiscalização é feita pelo Ibama, Sudema e militares da Polícia Ambiental.
O ICMBio não possui
dados sobre a quantidade exata da fauna brasileira, mas estima que o
país abrigue entre 170 mil a 210 mil espécies diferentes de animais.
Essa quantidade equivale a 9,5% do total existente no mundo. No entanto,
a estimativa ainda pode alcançar proporções maiores, se for considerado
que ainda existem espécies não descritas pelos biólogos. Neste caso, a
fauna brasileira pode chegar a valores entre 1,4 e 2,4 milhões de
espécies, o que representaria 13,1% do número mundial.
Por serem protegidos por leis ambientais, os animais na lista de
risco do governo federal não podem ser retirados de seu habitat.
Na Paraíba, a fiscalização é feita por equipes do Instituto
Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Superintendência de Administração
do Meio Ambiente (Sudema) e militares do Batalhão de Policiamento
Ambiental.
Segundo o superintendente do Ibama, Bruno Faro Eloy Dunda, as
operações de proteção aos animais são realizadas de forma rotineira.
“Além de João Pessoa, temos equipes do Ibama sediadas nos municípios de
Campina Grande e Sousa, que são mobilizadas para outras cidades, para
realizar ações de fiscalização e combate ao tráfico de animais. Além
desses trabalhos, temos operações programadas, feitas com apoio de
outros órgãos de proteção ao meio ambiente”, explica.
Das 627 espécies ameaçadas em extinção, 313 estão presentes em unidades de conservação, mantidas por órgãos federais.
Uma delas é o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), que
funciona na Mata do Amém, às margens da BR-230, no trecho que dá acesso
ao município de Cabedelo.
Vinculado ao Ibama, o serviço recebe animais encontrados durante as
operações ambientais. Só entre janeiro e maio deste ano, as equipes do
Batalhão de Policiamento Ambiental apreenderam 2.645 animais. “Muitos
estavam em situação de maus tratos, machucados, acondicionados dentro de
caixas e até correndo risco de morte. Após as apreensões, levamos os
animais ao Cetas, onde ficam em quarentena, recebendo assistência. Em
seguida, são devolvidos ao seu habitat”, disse o comandante do
Policiamento Ambiental, tenente-coronel, Adielson Pereira.
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