O problema se estende até Baía da Traição, no litoral Norte.
As ações realizadas até agora pela Prefeitura de João Pessoa, segundo o pesquisador Max Furrier, não têm sido suficientes para conter a erosão. “É possível sim conter o avanço do mar, mas isso dependeria de obras muito caras, as quais necessitam de estudos prévios pormenorizados e as obras de engenharia devem se adequar ao ambiente em questão”, explica. Em resumo, o pesquisador lembra que obras costeiras são “caras, complexas e de manutenção sistemática periódica”.
O processo de erosão não atinge apenas a Barreira do Cabo Branco. Em
João Pessoa, há outras áreas consideradas críticas pelos estudiosos, que
são: praça de Iemanjá, trecho Sul das praias do Cabo Branco e Manaíra e
a ponta do Bessa, nas proximidades do Iate Clube. “Volto a salientar
que erosão costeira independe do aumento relativo do nível do mar”,
frisa Furrier.
O problema se estende até Baía da Traição, no litoral Norte.
Conforme o professor, a situação é praticamente a mesma encontrada na
Barreira do Cabo Branco. “Lá a erosão ocorre por falta de sedimentos
que deveriam chegar à praia e são bloqueados por obras de engenharia
diversas”, comenta. Ao longo do litoral paraibano é possível verificar
as consequências do avanço do mar em parte da praia do Seixas, trechos
da praia de Pitimbu, trecho Sul da praia de Cabo Branco, trecho Sul de
Manaíra, dentre outros.
Apesar de o problema existir há décadas, a ocupação humana contribui
para dinamizar o processo. “Há praias na Paraíba que estão em processo
de erosão, mas não há urbanização nas proximidades, então a população
não percebe”, observa.
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