Retirada de
lenha sem manejo sustentável é crime; além do Ibama, a Polícia Ambiental
também fiscaliza extração irregular na Paraíba.
Tarcisio Araújo
A prática de retirada de lenha sem manejo sustentável é considerada
crime e tem sido responsável pelo maior número de multas aplicadas pelo
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama). Somente nos últimos 18 meses o Instituto já lavrou 1.442 autos
de infração e aplicou o equivalente a R$ 18 milhões em multas. Somente
este ano três grandes operações foram realizadas no intuito de coibir o
desmatamento ilegal no Estado: operação 'Dalgerbia', operação
'Borborema' e operação 'Bonifácio'. As ações tiveram como intuito coibir
o desmatamento nas regiões do Litoral, Brejo, Cariri e Sertão do
Estado.
Conforme o superintendente do Ibama na Paraíba, Bruno Faro Eloy, a
responsabilidade de fiscalização é comum ao Ibama, Superintendência de
Administração do Meio Ambiente (Sudema) e aos municípios. Ele lembra que
compete à Sudema emitir autorização de desmatamento ou limpeza de área e
autorização para o uso alternativo do solo. “Nesse sentido, todo e
qualquer desmatamento somente poderá ser realizado, de forma lícita,
mediante a obtenção prévia das referidas autorizações”, acrescentou
Bruno.
O superintendente do Ibama ressaltou que o grande problema da
degradação ambiental é a ausência de uma consciência ambiental por parte
da população quanto à necessidade de preservação da natureza.
“É preciso que o poder público invista cada vez mais na educação
ambiental, o que já é feito pelo Ibama, através de atividades em
escolas, assentamentos rurais, entre outras”, disse Bruno Faro Eloy.
POLÍCIA AMBIENTAL
O Batalhão de Policiamento Ambiental da Paraíba também fiscaliza a
extração irregular de lenha. No entanto, segundo o chefe de fiscalização
do BPA, tenente Handerson da Silva, o monitoramento semanal só é
possível de João Pessoa até Campina Grande.
No interior, o trabalho é feito conforme chegam denúncias. “Nós temos
três viaturas, sendo cada uma com três homens, realizando a
fiscalização nas quartas ou sextas-feiras na Grande João Pessoa. Amanhã
mesmo temos uma operação da capital até Mamanguape, a fim de fiscalizar
as madeireiras”, contou o tenente, ao acrescentar que os policiais
ambientais trabalham junto com o Ibama e têm convênio firmado com a
Sudema para atuar na lavração de autos.
A reportagem procurou entrar em contato por telefone com a chefia de
fiscalização da Secretaria do Meio Ambiente da capital e a coordenadoria
do meio ambiente de Campina Grande, mas não obteve êxito. (Colaborou
Luzia Santos)
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