Givaldo Cavalcanti
O avanço nos estudos científicos sobre patologias cardiológicas e
neurológicas acabam de ganhar um reforço. Pela primeira vez, a Paraíba
tem um biotério, local onde são criados e mantidos animais com a
finalidade de serem usados como cobaias em experimentação, credenciado
pelo Conselho Nacional de Controle da Experimentação Animal (Concea), o
que estimulará as pesquisas na área. O laboratório da Facisa (Faculdade
de Ciências Sociais Aplicadas) recebeu o sinal verde do órgão e deve
intensificar os estudos em Medicina, Enfermagem e Fisioterapia.
Ao todo, são 260 animais, entre camundongos e ratos, que servirão
para que sejam desenvolvidas aulas práticas com os alunos e
desenvolvidos projetos científicos com finalidade para encontrar
alternativas de tratamento e cura para várias doenças.
Como explica Thárcia Kiara de Oliveira, médica veterinária e
coordenadora do biotério, esse credenciamento foi de fundamental
importância para que essas atividades possam ser desenvolvidas de forma
que contribua para o avanço nos estudos. O valor investido é de quase R$
1 milhão.
“Nós temos cerca de 10 professores pesquisadores que estão prontos
para desenvolver estudos que são fundamentais para encontrar
alternativas de tratamento para doenças cardíacas e neurológicas, como
por exemplo Alzheimer. Nós induzimos a esclerose e desenvolvemos estudos
para tentar reverter o processo. Temos material cirúrgico adequado,
gaiolas onde os animais são mantidos e um vasto equipamento para que
tudo esteja dentro do que o Conselho de Ética no Uso de Animais
determine”, destacou.
A importância da atuação desse Conselho foi salientada pela
especialista, uma vez que, para que esses procedimentos possam ser
realizados, existem alguns critérios a serem seguidos: “Nós temos todo
um protocolo a seguir. Respeitar os princípios éticos, como reduzir o
número de procedimentos, sedar para que o animal não sinta dor, e
tratá-lo para que ele tenha todas as condições, não passando fome ou
sede”, explicou Kiara, que confirmou que pesquisadores de outras
instituições do Estado também procuram a faculdade para dar continuidade
aos seus estudos.
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