De acordo com a direção da Área de Preservação Ambiental de Mamanguape, somente exames detalhados poderão explicar mortes.
A causa da morte dos
dois peixes-bois que viviam na área de preservação ambiental da Barra de
Mamanguape, na cidade de Rio Tinto, Litoral Norte de João Pessoa, ainda
não foi esclarecida. No último sábado mais um animal da espécie morreu e
a última espécie da reserva, um peixe-boi fêmea, já apresenta os mesmos
sintomas.
De acordo com a direção da Área de Preservação Ambiental de
Mamanguape (APA-Mamanguape), somente exames detalhados de sedimentos dos
rios que correm pela reserva e o resultado da análise das vísceras dos
animais poderá explicar a morte dos peixes-bois. Na última terça-feira, a
Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) informou
que a análise das amostras de água, coletada em seis pontos diferentes
da reserva dos animais, apontou que não há indício de contaminação que
justifique a morte dos dois peixes.
O chefe da Sandro Roberto da APA-Mamanguape, Sandro Roberto da Silva
Pereira, não descartou por completo o resultado da análise apresentado
pela Sudema. Segundo ele, a partir do resultado dos exames nas vísceras
dos animais mortos e da análise de amostras dos sedimentos presentes no
fundo dos rios que compõem a reserva, será possível identificar a causa
da morte dos mamíferos. Ainda de acordo com Sandro Roberto, as
necropsias realizadas nos dois peixes-bois mortos no dia 7, indicam uma
infecção generalizada.
Ainda sobre o resultado da análise apresentado pela Sudema, Sandro
Roberto explica que os exames não atestaram contaminação na água da
reserva após a morte dos animais, mas o teste será refeito com amostras
do sedimento dos rios que passam pela reserva. “Essa análise mais
detalhada ajudará a identificar a causa, porque nos sedimentos podem ser
encontradas substâncias que estariam na água no período anterior à
morte dos animais”, explica.
Ainda de acordo com o chefe da APA-Mamanguape, a fêmea, chamada
'Tita' recebeu tratamento médico e foi retirada da reserva por medida
preventiva. “Ela está em ambiente aberto e sendo monitorada por nossa
equipe”, completa.
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