Entidades da sociedade campinense pedem o fim das carreatas.
A realização de
carreatas durante a campanha eleitoral está gerando polêmica em Campina
Grande. Entidades que defendem o fim deste tipo de evento promoveram uma
reunião na manhã de ontem no auditório da Associação Comercial (ACCG) e
decidiram encaminhar à Justiça Eleitoral um documento pedindo a
proibição de carreatas nas principais avenidas da cidade. Os
representantes das coligações participaram do debate, mas não entraram
em acordo.
Integrantes das equipes de campanha de todos os sete candidatos a
prefeito estiveram presentes. Duas coligações defenderam a realização
das carreatas, juntamente com o representante da candidatura de
Alexandre Almeida (PT). Esta foi a posição das coligações 'Por Amor a
Campina', do candidato Romero Rodrigues (PSDB) e da coligação 'Campina
Segue em Frente', de Tatiana Medeiros (PMDB).
“As carreatas são permitidas pela legislação eleitoral, não é uma
questão de código de trânsito. Já temos uma decisão favorável e queremos
exercer esse direito”, afirmou José Mariz, representante jurídico da
coligação 'Por Amor a Campina', lembrando da decisão da Justiça
Eleitoral de manter as carreatas em Campina.
Já Júnior Flor, da coligação 'Campina Segue em Frente' destacou o
direito à expressão. “Temos de respeitar o direito do cidadão à livre e
espontânea manifestação da campanha eleitoral. Se hoje proibimos
carreatas, estarão proibindo até comício e com isso a campanha vai se
reduzir a quê? A carreata permite o contato direto com o povo em vários
bairros ao mesmo tempo”, defendeu.
Já as coligações 'Pra Campina Crescer em Paz', da candidata Daniella
Ribeiro (PP), e 'Campina Grande Ideal', do candidato Guilherme Almeida
(PSC), posicionaram-se contra as realizações das carreatas. Os
candidatos Artur Almeida (PTB) e Sizenando Leal (PSOL) estiveram no
encontro e também defenderam o fim deste tipo de manifestação pública em
Campina.
Como não houve consenso, ficou decidido que será solicitada a
proibição apenas nos pontos de maior fluxo, onde a interrupção do
trânsito geraria transtornos para a mobilidade urbana. A proposta é
impedir as carreatas no entorno do Açude Velho, bem como nas avenidas
Brasília, Floriano Peixoto, Manoel Tavares, João Quirino e Avenida
Canal. Áreas próximas de igrejas e hospitais também deveriam ser
evitadas.
A proposta será encaminhada para o juiz da 72ª Zona Eleitoral de
Campina Grande, Ely Jorge Trindade, responsável pela propaganda de rua, a
quem caberá a decisão final.
Um dos defensores do fim das carreatas foi o promotor Herbert
Targino. Segundo ele, os candidatos deveriam abrir mão das carreatas,
apesar da permissão na lei eleitoral. “Estou aqui não como promotor, mas
como cidadão. Nem tudo o que é legal é legítimo e o bem jurídico que
estamos defendendo aqui é a paz social”, argumentou.
ENTIDADES
Participaram do debate representantes de entidades da sociedade civil, como Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CG), Diocese de Campina Grande, Ordem dos Ministros Evangélicos do Brasil (Omeb-PB), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Federação das Indústrias da Paraíba (Fiep), Associação Comercial de Campina Grande (ACCG), Sindicato dos Comerciários e Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do município (Sitrans).
Participaram do debate representantes de entidades da sociedade civil, como Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CG), Diocese de Campina Grande, Ordem dos Ministros Evangélicos do Brasil (Omeb-PB), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Federação das Indústrias da Paraíba (Fiep), Associação Comercial de Campina Grande (ACCG), Sindicato dos Comerciários e Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do município (Sitrans).
Apenas o representante do Sindicato dos Comerciários, José do
Nascimento Coelho, foi favorável à realização de carreatas. Já a OAB-CG
defendeu o respeito às normas. “A nossa posição é de que seja cumprida a
lei, com a preocupação pelo cuidado pela vida humana”, afirmou
Fernandes Júnior, presidente em exercício.
As entidades defenderam ainda que os candidatos e organizadores de
carreatas devem ser responsabilizados judicialmente em caso de haver
qualquer tipo de acidente durante a realização desses eventos de
campanha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário