Cerca de 90%
da lenha retirada na Paraíba é de corte irregular; extração desordenada
representa sério risco para o meio ambiente no estado.
A atividade irregular causa sérios danos ao meio ambiente e conforme
estimativa do chefe da Unidade Regional Nordeste do Serviço Florestal
Brasileiro, Newton Duque Estrada, a Paraíba perde anualmente cerca de 10
mil hectares (ha) de florestas em decorrência da extração de lenha. As
regiões do Cariri e Sertão são as mais prejudicadas.
Newton acrescenta que a devastação desenfreada já começa a apresentar
as primeiras consequências contribuindo para a aceleração do processo
de desertificação na região. “Com essa ação dos desmatadores o solo
perde a qualidade, provoca o assoreamento dos rios e contribui para a
extinção de várias espécies animais”, disse Newton.
Com o intuito de minimizar o problema, o Fundo Nacional de
Desenvolvimento Florestal e o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima se
uniram e vão oferecer recursos de R$ 3 milhões para os estados do
Nordeste, e a Paraíba poderá enviar projetos para concorrer para a
captação de parte desses recursos.
Para o Estado, serão liberados recursos destinados a práticas de
manejo sustentável nos assentamentos da Paraíba e no setor de cerâmica
da região do Vale do Sabugi. Os projetos poderão ser enviados por
instituições públicas e ONGs até o dia 12 de agosto. Mais informações
podem ser obtidas no site www.florestal.gov.br. (Colaborou Luzia Santos)
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