A bióloga, Fernanda Ribeiro de Franco, que trabalha no Instituto Ambiental Vidágua e que já participou do projeto "Meros do Brasil" se disse espantada com o caso que envolve a licitação promovida pela Secretaria de Administração do governo da Paraíba, onde 800 Kg de "filé de Mero", foram incluídos entre os gêneros alimentícios a serem adquiridos para a residência oficial do governador, Ricardo Coutinho (PSB). "Eu realmente nunca vi nada parecido com isso. É realmente um escândalo". E completou: "Nunca vi nada tão escancarado", lamentou.
A
bióloga, que tomou conhecimento do caso através das matérias publicadas
pelo ClickPB revelou que em boa parte do país a carne do mero é vendida
"camuflada" como se fosse de outros peixes e que já viu apreensões, mas
nunca na quantidade presente no edital de licitação: "Essa quantidade
toda eu nunca vi e fico até sem achar palavras para comentar",
desabafou.
Morando atualmente em Ilha Comprida, Litoral Sul de São
Paulo, Fernanda disse que vai levar o assunto para que seja debatido
por colegas que atuam em ONGs que lidam com a preservação desta espécie.
"Vamos nos reunir para que casos com este não se tornem rotina",
arrematou.
Exclusão do Mero
Acerca do ítem 5
que consta na licitação, o peixe Mero, cujo fornecimento é proibido
pelo IBAMA, a diretora executiva da Central de Compras, Ana Maria
Nóbrega, informou que o item foi removido. "Nós não sabíamos dessa
proibição. Graças a informação veiculada através da imprensa, fomos
atrás e constatamos que o peixe é proibido, por isso ele foi removido. A
exclusão do item foi publicada no Diário Oficial de hoje".
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