terça-feira, 24 de julho de 2012

Situação de espécies preocupa

Órgãos de defesa do meio-ambiente estão preocupados com a morte dos três peixes-boi, ocorridas recentemente na Paraíba.

 


A morte de três peixes-boi, ocorrida nos últimos 15 dias, na Paraíba, aumentou a preocupação de órgãos de defesa do meio ambiente com a situação das espécies ameaçadas de extinção.

Além destes animais marinhos, outras 626 espécies da fauna brasileira estão atualmente protegidas por leis federais, em virtude do risco de desaparecerem do país, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). As aves representam 82% dos registros.

Na lista dos ameaçados estão jaguatiricas, tatus, arara vermelha, onça pintada, lobo guará, tucanos, pica-paus e tartarugas. De acordo com o ICMBio, das 627 espécies ameaçadas, 313 estão presentes em biomas, como a Mata Atlântica e Zona Costeira-Marinha. Estas áreas chegam a concentrar até 75% dos animais que correm o risco de desaparecer do país.

Na Paraíba, não existem dados oficiais sobre a quantidade de animais que sofrem do risco de extinção. No entanto, um levantamento feito pela Organização Não Governamental Fundação Mamíferos Aquáticos, estimou que o Estado era habitado, há dois anos, por 30 peixes-bois.

Porém, essa quantidade, que já era considerado pequena, sofreu redução de 10% neste mês, quando três animais morreram, dentro de uma área de proteção ambiental, no município de Mamanguape. As causas da morte ainda estão sendo investigadas.

Para o médico veterinário e ambientalista João Carlos Borges, presidente da Organização Não Governamental Fundação Mamíferos Aquáticos, o caso é motivo de preocupação e deve ser apurado corretamente. “Esses animais são costeiros e vivem principalmente em áreas próximas a praias e aos rios. Esses óbitos foram precoces e repentinos e nos preocuparam muito porque os animais já estão ameaçados de extinção”, opinou.

Já o chefe da Área de Preservação Ambiental da Barra de Mamanguape, Sandro Roberto da Silva Pereira, explicou que, após as mortes, foram feitos exames no rio Mamanguape, no entanto, os resultados mostraram que a água está em níveis normais, sem alteração que justificasse o óbito dos animais.
Apesar disso, novas análises serão feitas para encontrar as causas da morte. “Estamos tentando fazer um diagnóstico maior, com exames da água, plantas e crustáceos para ter uma resposta sobre o que aconteceu com os peixes-bois. Não iremos trazer mais animais para cá até descobrirmos o que aconteceu”, explica.


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