terça-feira, 24 de julho de 2012

Lixo a céu aberto é o tipo de poluição que mais incomoda

Pesquisa realizada em CG mostra que lixo a céu aberto, é o tipo de poluição que mais incomoda a população.




Uma pesquisa realizada no último mês de junho por alunos do Colégio Teensite, com 380 moradores de Campina Grande, constatou que o tipo de poluição que mais incomoda a sociedade é a do lixo depositado a céu aberto. Pelo menos foi o que apontaram 42,6% dos entrevistados, que também confirmaram um número preocupante para o futuro do meio ambiente na cidade. Apenas 15,8% afirmaram ser um defensor da natureza.

Coordenada pelo professor de matemática, Dinary Schneweiss, a proposta da pesquisa Meio Ambiente no Meu Ambiente foi inicialmente conscientizar os estudantes da escola, para depois, com o resultado dela buscar propagar a necessidade de preservação de áreas vitais para a vida em sociedade. “Se a maioria das pessoas afirmam que não fazem nada para defender o meio ambiente, isso é preocupante. Assim como o maior vilão da poluição ser o lixo jogado em terrenos a céu aberto”, confirmou o professor.

O resultado dessa pesquisa traduziu a realidade de várias localidades do município onde diversos terrenos sem muro são transformados em depósitos de lixo. O comerciante Humberto Barbosa, 42 anos, morador do bairro de Bodocongó, é vizinho de um desses locais e não esconde os transtornos que passa por conta da presença dos restos que são despejados no local. “Na minha casa tudo é fechado para impedir a entrada de ratos, porque por aqui é normal. E quem tem criança em casa fica com medo por conta de doenças”, disse o morador da rua Manoel Joaquim Ribeiro.

Já a dona de casa Maria do Socorro denunciou que se houvesse participado da pesquisa também apontaria a poluição do lixo como principal preocupação. “Quem sofre com essa sujeira são os moradores próximos dos terrenos, porque quem mora longe vem e joga o lixo no terreno. A coleta passa, mas as pessoas não respeitam de jeito nenhum”, confirmou.

Com o resultado da pesquisa, o professor Dinary espera que Organizações Não Governamentais (ONGs), bem como órgãos públicos ligados ao meio ambiente, possam estabelecer metas e estratégias para mudar esse panorama. “Quase a metade das pessoas que participaram da pesquisa admitiram que não sabem o que fazer para reciclar o próprio lixo. Se não existe uma educação nesse sentido, nós deveremos ter implicações graves no futuro, já que a produção de lixo é cada vez maior”, acrescentou.

A representante da coordenadoria de Meio Ambiente de Campina Grande, Marília Pereira, afirmou que está em processo de conclusão o projeto de coleta seletiva que será implantado na cidade para que o lixo produzido seja melhor aproveitado. Já o secretário de Serviços Urbanos, Fábio Almeida, afirmou que Campina produz um total entre 15 e 17 mil toneladas de lixo por mês, e que existe regularidade na coleta dos bairros com dez carros de transporte para o lixo e 14 caçambas.


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