quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

PMJP vai notificar proprietários de 537 imóveis por propaganda irregular







A Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio das Secretarias de Planejamento (Seplan) e Desenvolvimento Urbano (Sedurb), vai notificar os proprietários de 537 imóveis, localizados no perímetro do Centro Histórico da Capital, que estão com propagandas em desacordo com as recomendações do Código de Postura do Município. A lista com os nomes dos donos dos prédios irregulares já foi publicada no Semanário Município.

De acordo com o diretor de Fiscalização da Seplan, Giovani Alencar, a partir desta quarta-feira (14) os proprietários dos imóveis com propaganda em desacordo com a legislação terão 30 dias para se adequarem ao Código de Posturas do Município. Ele destacou ainda que ação da PMJP é em conjunto com os Institutos do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Estadual (Iphaep) é mais uma iniciativa para a valorização do Centro Histórico da Capital.

“O Código de Posturas do Município prevê, entre outras coisas, que qualquer edificação localizada no perímetro do Centro Histórico só pode ter uma publicidade na fachada e com dimensões já estabelecidas para que não prejudique o prédio e cause poluição visual. Então, esse trabalho de regularização dos imóveis será uma ação importante para a valorização do Centro Histórico e preservação da área”, reforçou Giovani Alencar.

O trabalho da Seplan e Sedurb foi definido em conjunto com o Ministério Público Estadual (MPPB), além dos órgãos de proteção ao Patrimônio Histórico, durante uma reunião realizada na última terça-feira (6). Todas as recomendações do Código de Postura Municipal (Lei Complementar nº 07/1995) sobre como deve ser a instalação de publicidade nos imóveis localizados no Centro Histórico estão disponíveis no link: http://www.joaopessoa.pb.gov.br/portal/wp-content/uploads/1995/08/C_digo-de-Posturas-do-Munic_pio-de-JP.pdf.


 

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Flanelinha reutiliza água para lavar carros

12/02/2018 às 18h00 • atualizado em 13/02/2018 às 09h42


Mesmo sem saber, Ivanildo Lima dá lição de sustentabilidade
(Foto: Juliana Santos/MaisPB)

Nas cidades é normal ver água sair dos aparelhos condicionadores de ar instalados em prédios. Muitas vezes, gotículas caem sobre quem anda pela ruas. Mas para um flanelinha aqueles pingos tem um valor muito especial. De gota em gota, por dia ele transforma nove baldes de água em dinheiro lavando veículos em um estacionamento no Centro de João Pessoa.

Ivanildo Lima da Silva, 50 anos, estudou até a 8º ano do ensino fundamental e apesar de não ter conhecimento sobre sustentabilidade, a necessidade e vontade de trabalhar para si, fez com que ele tornasse a atividade de lavador de carro uma função sustentável. Ele decidiu utilizar a água que sai de aparelhos de ar condicionados depois que foi proibido de pegar água em uma repartição pública. “Vi quanta água estava saindo de um cano acoplando a vários aparelhos de uma agência bancária, então coloquei o balde e vi que juntava muita água”, comentou.

Quando o flanelinha notou, estava enchendo nove baldes de 20 litros, no total de 180 litros diários. A água que seria descartada serviu de ferramenta para que Ivanildo continuasse com sua única fonte de renda. “Ás vezes fico aguando as plantas das repartições públicas, porque é muita água que junta”, afirma.

De gota em gota o flanelinha enche nove baldes de água (Foto: Juliana Santos/MaisPB)

Com a água em abundância ele conseguiu um cliente, em seguida outro e todos satisfeitos com o serviço. Sua postura e forma com que trabalha conquistaram os clientes. Apesar de não saber dirigir, Ivanildo tem todas as noções de como orientar um motorista a estacionar em uma vaga. “Toda semana eu assisto um programa sobre carros, vejo as matérias que ensinam como estacionar”, conta.
 
A servidora pública Rafaela Cristofoli deixa o carro todos os dias no estacionamento do lado do seu trabalho e sempre pede para que o Ivanildo lave o veículo. Ao saber que o lavador de carro utiliza água de ar condicionado, Rafaela revela que ficou surpresa e muito feliz com a atitude. “Hoje temos que ter essa preocupação de não desperdiçar e o uso consciente feito pelo flanelinha me deixa tranquila, pois ele utiliza água reaproveitada”, disse.

Para o gestor ambiental Fábio Carvalho, tudo que não é retirado da fonte, como água de ar condicionado, é uma forma de poupar o meio ambiente e evitar desperdícios. De acordo com Carvalho, dependendo do tamanho, um prédio com sistema de reaproveitamento da água desses aparelhos pode tornar-se auto sustentável. “A água reaproveitada pode ser utilizada para limpeza e descargas dos banheiros do prédio, por exemplo”, comenta.

Segundo o Fábio, para montar um sistema de reaproveitamento, é necessário fazer um estudo aprofundado e desenvolver um projeto específico para cada finalidade.

Juliana Santos – MaisPB