sábado, 8 de junho de 2013

Casas demolidas em Jaguaribe

Demolições estão sendo realizadas na comunidade Saturnino de Brito, localizada no bairro de Jaguaribe, em João Pessoa.


 
Francisco França
Moradores da comunidade se mostraram insatisfeitos com a decisão da prefeitura de João Pessoa
A Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb) termina na próxima segunda-feira, dia 10, as demolições de casas que estão sendo realizadas na comunidade Saturnino de Brito, localizada no bairro de Jaguaribe, em João Pessoa. Desde a semana passada, a ação está ocorrendo no local e obedece às determinações da Defesa Civil, que encontrou irregularidades e constatou que as construções estavam em áreas de risco. Até o momento, sessenta e sete imóveis foram demolidos.

Moradores da comunidade se mostraram insatisfeitos com a decisão da prefeitura de João Pessoa, que solicitou o esvaziamento do local. “A prefeitura nos deu um auxílio aluguel de R$ 200 para sairmos daqui, mas isso é muito pouco. As casas que encontramos têm valor mais alto”, reclamou a dona de casa Cristiane Avelino da Silva.
 
Cristiane contou ainda que desde o dia 23 do mês passado está morando numa casa alugada nas Trincheiras, mas que o aluguel custa R$ 230. “Não trabalho e meu marido está desempregado, só faz bico. Recebo R$ 102 do Bolsa Família”, disse.
 
Outro morador que se mostrou incomodado com a situação é o agente de limpeza Paulo Francisco da Costa. “Minha casa estava sem nenhuma rachadura, tinha feito uma reforma e mesmo assim derrubaram. Agora estou morando no Renascer e pagando cerca de R$ 300”, relatou.
 
A esposa de Paulo Francisco, Maria do Carmo, disse que a solução seria que a prefeitura desse uma casa a cada morador. “Queremos uma casa”, afirmou.
 
A Secretaria de Habitação, através da assessoria de comunicação, garantiu que as famílias vão receber as casas. “O governo pretende, através da Sedes, construir quatrocentas casas na região, mas precisa cuidar primeiro da parte de infraestrutura. Só depois do trabalho inicial de demolição é que podemos começar a construção das novas moradias”, explicou. “Essa é uma questão momentânea, todas as famílias já estão cadastradas para essas novas casas”, acrescentou.

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