sábado, 22 de setembro de 2012

Zoonoses faz 672 apreensões

Entre os animais apreendidos e não resgatados, estão espécies de grande porte como cavalos e mulas, que soltos, oferecem riscos.

 


O número crescente de animais soltos nas ruas de Campina Grande já levou o Centro de Zoonoses do município a fazer 672 apreensões até o início deste mês, entre cavalos, burros, mulas, jumentos e jegues que estavam colocando em risco a vida das pessoas. Além desse grande número, a presença de animais que são vítimas de maus tratos também tem chamado a atenção da direção do local que, para diminuir a quantidade de animais que não são resgatados pelos seus donos, os coloca à disposição para a adoção.

De acordo com Fernando Grosso, diretor do Zoonozes, atualmente o Centro ainda abriga 42 equídeos que, depois de capturados e passado o prazo de cinco dias, não foram resgatados pelos seus donos, o que faz com que o local não tenha condições de receber mais animais dessa família. Ele ainda aponta que muitos chegam ao local com ferimentos nas patas, cabeça e outras partes do corpo, por sofrerem maus tratos.

“Além de muitos se machucarem por se envolverem em acidentes de trânsito, ainda assusta a quantidade de animais que tratamos aqui que sofrem de maus tratos. Os donos exageram no tratamento forçado desses bichos e vários chegam bastante debilitados. Aliado a isso vem o medo da população de denunciar quem pratica os maus tratos”, apontou Fernando Grosso.

Segundo o diretor, o bairro de Bodocongó é o local onde se concentra o maior número de animais soltos que acabam comprometendo o trânsito e provocando acidentes. Ele acrescentou que é preciso uma integração entre o poder público e a sociedade para que essa realidade mude. “Animal solto na rua é crime. As pessoas precisam entender isso. Nós realizamos nosso trabalho de fiscalizar, de promover eventos de doação, mas se não houver uma mudança na cabeça de quem é dono desses bichos, não vai adiantar muito”, acrescentou Fernando.

Já o promotor do Meio Ambiente do Ministério Público, Eulâmpio Duarte, apontou que um dos principais fatores da existência de grande número de animais nas ruas é a desvalorização que os jumentos sofreram, fazendo com que seus respectivos donos prefiram abandoná-los nas ruas a continuar criando. “Nós percebemos que o valor comercial do jumento, por exemplo, caiu bastante. Para esse animal ser vacinado no Parque de Exposição, custa R$ 90, só que ele é vendido por R$ 10. Aliado a isso, os carroceiros não têm um local para colocar os animais para descansar, o que acaba os deixando soltos pelos bairros”, disse Eulâmpio.

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