sábado, 16 de março de 2013

Motos em CG crescem 371%

De acordo com  Detran, considerando apenas as motos, a evolução da frota registra um crescimento de 371% em Campina Grande






Magnus Menezes
Aumento da frota atingiu índices muito altos em curto espaço de tempo, diz especialista

Relatório divulgado pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) da Paraíba revela que em Campina Grande, o crescimento da frota de veículos foi de 185%, passando de 47.508 para 136.730 veículos, em 12 anos.

Para a mestre em engenharia de transportes Valéria Barros, com o crescimento da frota, o tráfego campinense pode, em breve, enfrentar um colapso. “As cidades paraibanas não estão preparadas para receber tantos veículos. Esta é uma situação enfrentada em Campina Grande e em outras cidades da Paraíba. Houve muito incentivo para a aquisição de veículos sem ter um planejamento urbano adequado”, destacou.

De acordo com a especialista, “o aumento da frota atingiu índices muito altos em curto espaço de tempo e isso acarretou uma espécie de caos”. A proporção de veículos por habitante já chega ao índice de um veículo para 2,85 habitantes. A estatística é maior do que a média nacional, que é de um carro para cada cinco habitantes.  Para Valéria, os números preocupam, especialmente porque “os gestores públicos, ao longo dos anos, não têm tido a preocupação de melhorar e incentivar o transporte coletivo, fator que leva mais pessoas a buscarem adquirir um carro ou uma moto para garantir mais agilidade”.

Entre as motocicletas, os dados impressionam ainda mais. De acordo com o levantamento do Detran, considerando apenas as motos, a evolução da frota registra um crescimento de 371% em Campina Grande, tendo passado de 10.632 motocicletas no ano 2000 para 50.557 atualmente. Segundo Valéria, diante de tamanho crescimento do número de veículos nas ruas, se faz cada vez mais urgente tomar medidas, de modo que o tráfego mantenha uma condição de fluxo aceitável. Ela enfatiza que três fatores são essenciais para se alcançar êxito na proposta de um trânsito mais organizado e equilibrado: educação no trânsito, engenharia de tráfego e fiscalização.
 

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